Defeito do Septo Atrial
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Consiste em uma doença cardíaca congênita, na qual ocorre defeito na formação embriológica do septo atrial. Este promove a separação entre os átrios esquerdo e direito (câmaras do coração), de forma que a falha no seu desenvolvimento permite a passagem de sangue nas duas direções.
No período de feto, há comunicação entre as câmaras do coração para circulação de sangue oxigenado através do cordão umbilical, chegando aos tecidos do corpo fetal, já que a respiração pulmonar ainda não é realizada durante esta etapa. Porém, após o nascimento, as comunicações devem ser fechadas para que não ocorra mistura do sangue oxigenado com o desoxigenado.
Nesta anomalia, ocorre comunicação entre os átrios e assim há mistura entre sangue que irriga o pulmão e sangue que circula o restante do corpo.
O defeito septal atrial pode ser dividido em quatro subtipos: falha na formação do septum primum (defeito tipo ostium primum), falha na formação do septum secundum (defeito tipo ostium secundum), permanência do forame oval – o qual permite comunicação entre átrios e só deve estar presente durante a vida fetal – e defeito tipo sinus venosus (mais raro).
É descrito com maior frequência que o sangue é desviado do átrio esquerdo para o direito, o que provoca sobrecarga de volume do lado direito do coração.
Considerada uma condição pouco comum em pequenos animais, há relatos de que representa em torno de 0,7% e 9% das cardiopatias congênitas em cães e gatos, respectivamente.
Na literatura, descreve-se que entre os cães as raças
são as mais afetadas, assim como o pelo curto brasileiro entre os gatos. Em cães, esta anomalia é usualmente seguida de outras enfermidades cardíacas congênitas, sendo raro encontrá-la de forma isolada.
O caráter genético desta má-formação ainda não é completamente elucidado.
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