Doença tromboembólica
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A doença tromboembólica, também conhecida como tromboembolismo, consiste na obstrução da circulação sanguínea por um trombo (constituído por agregado de plaquetas e outros elementos sanguíneos), o qual se forma localmente e que ao escapar do seu local de origem é denominado êmbolo. Este é transportado pela corrente sanguínea e pode envolver aglomerações de tecidos, células, bactérias, gordura, parasitas, corpos estranhos e coágulo sanguíneo. Trata-se de uma complicação preocupante provocada por diversas doenças.
Os trombos e êmbolos têm a capacidade de obstruir parcial ou completamente o fluxo sanguíneo de um vaso ou do coração.
A tendência ao tromboembolismo aumenta quando ocorrem alterações nos mecanismos da hemostasia (conjunto de processos que asseguram a circulação de sangue pelos vasos sanguíneos), favorecendo a formação de coágulos e prejudicando a trombólise (dissolução de trombos). A trombose resulta de três fatores de risco, conhecidos como tríade de Virchow, os quais englobam: lesão endotelial (da parede de vasos sanguíneos), estase sanguínea e estado hipercoagulável.
A doença tromboembólica pode ser classificada como arterial ou venosa, dependendo do vaso afetado. A gravidade e possíveis consequências clínicas desse distúrbio dependem da localização e do tamanho do coágulo formado.
O tromboembolismo arterial em cães é consideravelmente incomum em comparação à sua ocorrência em gatos. A doença cardíaca associada ao tromboembolismo sistêmico mais encontrada é a endocardite vegetativa, enfermidade sistêmica causada por colonização bacteriana ou, mais raramente, fúngica do coração. As demais enfermidades que podem levar à doença tromboembólica no cão são nefropatias, hiperadrenocorticismo, dirofilariose, neoplasias, pancreatite e dilatação vólvulo-gástrica (dilatação excessiva e torção do estômago).
Os tromboembolismos pulmonares são relatados como raros em gatos comparando-se sua ocorrência em cães. Nesta espécie estão relacionados à dirofilariose, anemia hemolítica imunomediada, neoplasias, doenças cardíacas, coagulação intravascular disseminada, sepse, hiperadrenocorticismo, pancreatite, doença renal, traumas, hipotireoidismo, entre outros. A gravidade desta enfermidade depende do grau de comprometimento do sistema respiratório e cardíaco.
A causa mais comum da ocorrência de tromboembolismo arterial em gatos é o desenvolvimento de cardiomiopatia hipertrófica, a qual é descrita como uma enfermidade primária do miocárdio (músculo cardíaco) representada por um aumento da massa cardíaca e hipertrofia (crescimento excessivo) do ventrículo esquerdo (câmara do coração) não acompanhada por dilatação do mesmo; esta anormalidade induz ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca congestiva, na qual o organismo tem dificuldades para bombear sangue suficiente para suprir as necessidades fisiológicas.
O tromboembolismo venoso é uma complicação considerável em pacientes que apresentam neoplasias. Em cães, a trombose venosa está relacionada como anemia hemolítica imunomediada, sepse, neoplasia, doença renal e cardíaca, terapia com glicocorticoides, micoses, entre outros. A seriedade do distúrbio depende do local afetado.
- Não se aplica
Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso