Esporotricose
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A esporotricose é uma micose (doença provocada por fungos) que acomete animais -- especialmente gatos -- e seres humanos. Geralmente, a doença se apresenta como uma infecção benigna, restrita à pele e ao tecido subcutâneo (o qual se situa sob a pele), mas esporadicamente pode se disseminar para ossos e órgãos internos.
A esporotricose em gatos e humanos tem se destacado nos últimos anos devido ao aumento da distribuição mundial. Por apresentar alto potencial zoonótico, ou seja, pode ser facilmente transmitida entre animais e seres humanos, é considerada uma séria preocupação de saúde pública.
Devido à forma de transmissão da esporotricose, a manifestação da doença pode estar associada à ocupação profissional, acometendo com certa frequência horticultures, sementeiros, chacareiros, jardineiros, floristas, médicos veterinários, estudantes de Medicina Veterinária, tosadores e tratadores de animais.
O solo e as plantas são considerados reservatórios do agente Sporothrix, já que materiais vegetais em decomposição como madeira, musgos, vegetais em decomposição, espinhos e farpas têm a capacidade de implantação do fungo no tecido de seres humanos e animais.
O gato doméstico, especialmente o macho não castrado com acesso à rua, apresenta importante relevância na disseminação da doença. Os felinos contaminam-se sobretudo ao cavar buracos com objetivo de cobrir seus dejetos com terra, afiar unhas em árvores e plantas e ao arranhar-se em brigas e, assim, "carregam" o fungo nas unhas, boca e nas lesões de pele causadas pelo agente, facilitando ainda mais a transmissão da doença.
A evolução da esporotricose em felinos costuma ser rápida e esses pets são bastante susceptíveis à infecção. A doença pode variar de subclínica, na qual ocorre uma única lesão de pele passível de regressão espontânea, até uma forma grave devido à disseminação por via sanguínea ou linfática (através de vasos linfáticos). A forma mais comum é a cutânea (na pele).
Nos cães, a esporotricose é considerada rara, sendo a forma cutânea a mais encontrada. Em seres humanos, é observada principalmente a forma linfocutânea, na qual além das lesões de pele pode haver comprometimento de vasos linfáticos.
Em indivíduos imunossuprimidos (com baixa imunidade), o fungo possui maior capacidade de se disseminar sistemicamente via corrente sanguínea, afetando diversos órgãos e tecidos.
A infecção pode suceder-se através da inoculação traumática do agente na pele por meio de espinhos de plantas, farpas de madeira, arranhadura, mordedura ou contato direto com lesões de animais contaminados, sobretudo gatos (as lesões cutâneas nesta espécie possuem quantidade abundante de células fúngicas infectantes).
Observação: este fungo é incapaz de penetrar pele intacta.
Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso