É emergencial
Afeta cães e gatos
Não transmissível para humanos
Não é contagiosa
Pode exigir exames complementares
Castração não influencia
Tudo sobre:
Linfomas são caracterizados como proliferação dos linfócitos que sofreram mutações e passaram a apresentar caráter de malignidade. É a neoplasia mais comum da espécie felina, representando um terço das neoplasias em gatos, tendo diversas classificações, mas sendo as mais utilizadas na rotina da clínica de felinos os tipos: alimentar, extranodal e mediastinal, diferentemente dos cães que têm como apresentação mais comum a forma multicêntrica.
Sabe-se que as retroviroses têm participação importante na maioria das apresentações, sendo a imunodeficiência felina (FeLV) uma virose de caráter oncogênico capaz de induzir o desenvolvimento de diversas neoplasias, dentre elas o linfoma, e a leucemia felina (FIV) conhecida por ser um fator de predisposição em até seis vezes mais para a ocorrência de linfomas mediastinais.
O linfoma alimentar é a apresentação mais comum e é caracterizado pela infiltração de linfócitos em órgãos como o intestino delgado, estômago, intestino grosso, fígado, pâncreas e linfonodos mesentéricos. O comprometimento do intestino delgado é o mais frequente e resulta em alteração na capacidade organismo de absorver nutrientes. O Siamês é a raça mais predisposta e, geralmente, acomete animais adultos e idosos.
A manifestação extranodal é atípica, podendo comprometer rins, cavidade nasal, sistema ocular, sistema neurológico, cavidade oral e pele. Não há indícios na literatura científica da associação desse tipo de linfoma com FIV ou FeLV. Também é mais comum Siameses de meia idade a idosos. Casos renais são descritos como primários e podem se complicar e afetar o sistema neurológico em até 50% dos casos.
O linfoma mediastinal é frequente em gatos jovens e da raça siamesa ou de origem oriental, representando 10% dos casos. Tem grande incidência em animais FIV e FeLV positivos.
-Não se aplica
Os sinais clínicos variam com a forma de linfoma apresentada, sua gravidade e localização.
O linfoma alimentar pode apresentar os seguintes sinais clínicos:
- Êmese
- Diarreia
- Emagrecimento progressivo
- Hiporexia ou anorexia
- Icterícia (ocorrência rara)
- Poliúria e polidipsia (usualmente associada a síndromes paraneoplásicas, cerca de 10% dos casos)
- Tenesmo
- Hematoquezia
- Melena
- Hematêmese
Na forma extranodal, a apresentação é específica de acordo com o local acometido.
Sistêmicos
- Anorexia
- Letargia
- Emagrecimento
- Poliúria e polidipsia
Oftálmico
- Cegueira
- Uveíte
- Massa tumoral na íris
Neurológico/ Medula
- Apatia
- Convulsão
- Ataxia
- Alteração de comportamento
- Paresia
- Paraplegia
- Dor na coluna
Dermatológico
- Lesões eritematosas
- Descamação de pele
- Nódulos ulcerados
- Alopecia
Respiratório
- Rinite
- Secreção purulenta ou epistaxe
- Deformidade facial
- Espirro
- Estridor
- Epífora
- Tosse
- Dispneia
- Disfonia
O linfoma mediastinal usualmente compõe um quadro de urgência ou emergência clínica dependendo do tempo de evolução, apresentando manifestações como:
- Dispneia
- Anorexia
- Regurgitação
- Tosse
- Disfagia
- Êmese
- Emagrecimento
- Pirexia
- Síndrome de Horner
- Cianose
- Ortopneia
- Derrame pleural
Associação entre anamnese detalhada e exames físico e complementares. O(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar/ realizar os seguintes exames complementares:
- Hemograma
- Proteínas totais + frações
- Ureia
- Creatinina
- ALT - TGP
- AST -TGO
- Fosfatase alcalina (FA)
- GGT
- Cálcio
- Urinálise simples
- Ultrassonografia abdominal
- Radiografia torácica
- Radiografia abdominal
- Ressonância magnética
- Tomografia computadorizada
- Teste sorológico de leucemia viral felina (FeLV) e imunodeficiência felina (FIV)
- Mielograma
- Citologia (massas puncionadas ou do líquido livre drenado)
- Biópsia
- Exame histopatológico
Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).
O tratamento fundamenta-se no fornecimento de medicações de ação direta nas neoplasias e o método de escolha varia de acordo com o local de desenvolvimento, sua extensão e composição celular.
A poliquimioterapia é o protocolo mais comumente utilizado, consistindo no fornecimento de quimioterápicos por via oral e intravenosa, concomitantemente. Vale ressaltar que, como efeitos colaterais mais comuns, tem-se a êmese ou a ânsia que devem ser controladas com antiemético e, ocasionalmente, com protetores gástrico a fim de proteger o esôfago quando os episódios de êmese ocorrerem. Também pode ocorrer rarefação pilosa, com perda dos “bigodinhos” durante o tratamento.
Os quimioterápicos não têm grande capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, por isso, o prognóstico é mais reservado quando o sistema neurológico é acometido pela neoplasia.
Uma alternativa à quimioterapia é a radioterapia, principalmente quando há acometimentos nasais e laríngeos.
Casos de linfomas alimentares nos quais há grande expansão da neoplasia culminando na obstrução parcial ou total das alças intestinais e nos casos de linfoma extranodal com acometimento medular, recomenda-se procedimento cirúrgico a fim de promover descompressão e estabilizar a funcionalidade da estrutura, além da remoção da formação.
Animais que apresentam linfoma extranodal comprometendo os rins desenvolvem doença renal, portanto deve-se sempre realizar o acompanhamento da função renal e manejo dos sinais clínicos, usualmente sendo necessário fluidoterapia, protetores de mucosa, dieta renal e anti-hipertensivos.
Nos casos de linfoma mediastinal com formação de efusão pleural, deve-se efetuar o procedimento de alívio respiratório o mais rapidamente possível, portanto, a toracocentese (punção da cavidade torácica para drenar o líquido) é indicada, juntamente com analgesia e oxigenioterapia.
Não existem mecanismos diretos de prevenção da doença, já que se trata em sua maioria de uma afecção de predisposição genética. Contudo, como estudos têm demonstrado que o vírus da FeLV possui a capacidade de induzir a formação de tumores em felinos, bem como o vírus da FIV aumenta em até seis vezes a chance de desenvolvimento da afecção em animais positivos, o ideal é que os animais sejam mantidos indoor (dentro de casa), sem acesso livre à rua para não serem infectados. Além disso, recomenda-se que sejam testados para FIV e FeLV e vacinados caso sejam negativos e, em caso de novos contactantes na casa, estes devem ser mantidos em quarentena até que seja confirmada a ausência de doenças.
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JUNIOR, Archivaldo reche; PIMENTA, Marcela Malvini. Gastroenterologia de Felinos: Linfoma Alimentar Felino. In: JERICÓ, Márcia Marques; NETO, João Pedro de Andrade; KOGIKA, Márcia Mery. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. 1. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. v. 1, cap. 121, p. 1009 - 1015.
NARDI, Andrigo Barboza de. Oncologia: Linfoma em Gatos. In: CRIVELLENTI, Leandro Z; CRIVELLENTI, Sofia Borin. Casos de Rotina: Medicina veterinária de pequenos animais. 2. ed. São Paulo: MedVet, 2015. cap. 16, p. 745 - 749.
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