Lúpus Eritematoso Cutâneo
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As doenças de pele autoimunes são consideradas raras em cães e gatos, apresentando ocorrência variando de 1,0 a 1,4% em cães. Elas acontecem devido a uma resposta desregulada anormal no sistema imunológico, que atua contra células do organismo do próprio animal. O complexo lúpus eritematoso corresponde a um grupo de doenças dermatológicas autoimunes, tais como lúpus eritematoso sistêmico, lúpus eritematoso cutâneo esfoliativo, lúpus eritematoso cutâneo vesicular e lúpus eritematoso discóide. A etiologia é incerta, mas assim como nos humanos, existem vários fatores que aparentemente influenciam no surgimento dessas dermatopatias, tais como predisposição genética, reações medicamentosas, envolvimentos hormonais, imunológicos, virais e exposição à radiação ultravioleta.
Dentre os tipos de Lúpus eritematoso existentes, o mais comum em cães é o Lúpus eritematoso discóide (LED), também denominado Lúpus Eritematoso Cutâneo Crônico. Apresenta duas formas, sendo a primeira focal, que acomete nariz e face, denominada Lúpus Eritematoso Discóide localizado facial, e a segunda denominada Lúpus Eritematoso Discoide generalizado, caracterizada por lesões que atingem região do dorso, região torácica ventral e lateral, face, e outras. O que ocorre basicamente é uma resposta imunológica autoimune contra o próprio tecido, com desenvolvimento de auto-anticorpos e imunocomplexos. Essa resposta se manifesta com reações de hipersensibilidade da pele do animal. Tanto em humanos como em animais, sabe-se que a exposição à radiação ultravioleta exacerba as lesões em 50% dos casos, sendo considerado o principal fator ambiental envolvido no desenvolvimento da doença em ambas as espécies.
O Lúpus eritematoso discóide pode acometer cães, gatos e equinos, sendo rara em felinos. Não há predileção por sexo. A doença pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum na faixa de dois a cinco anos. As raças de cães mais acometidas são os Collies, Pastores Alemães, Border Collie, Pinscher, entre outras. Os Pastores Alemães são mais acometidos pela forma localizada da doença do que pela generalizada.
No Estados Unidos, o LED é considerado a segunda dermatose mais comum em cães. Raramente, pode-se desenvolver carcinoma de células escamosas a partir das lesões de LED.
-Não se aplica
Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso