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Miastenia grave

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MIASTENIA GRAVE

A miastenia grave (também conhecida como miastenia gravis) é uma doença neuromuscular congênita, ou seja, que se desenvolve antes mesmo do nascimento, ou adquirida, caracterizada por fraqueza muscular e fadiga que se agravam progressivamente com o exercício.

Os animais costumam apresentar ataxia (dificuldade em coordenar a cabeça, tronco e membros) antes de se deitar e recusam movimentar-se. Após breve repouso, conseguem se levantar e andar na maioria dos casos, com exceção dos mais graves.

É o distúrbio mais comum da junção neuromuscular (local de conexão entre os nervos e os músculos, permitindo a contração muscular) em pequenos animais, sendo considerada mais comum em cães e relativamente rara em gatos. O desenvolvimento das manifestações clínicas ocorre devido a uma súbita interrupção da comunicação natural entre nervos e músculos.

Em cães é descrita em três formas: generalizada, focal e aguda fulminante. A generalizada é considerada a forma clássica da enfermidade e observada na maior parte dos animais, caracterizando-se por fraqueza de membros, a qual piora com exercício e melhora com repouso; na focal, ocorre fraqueza muscular facial, sem envolvimento dos membros, e megaesôfago (grave dilatação do esôfago, podendo levar a regurgitações frequentes e pneumonia aspirativa); a forma aguda fulminante é rara, provocando rápida paralisia flácida de membros e músculos da respiração em poucos dias, geralmente associa-se com o timoma (tumor no timo). A forma generalizada está associada em aproximadamente 80% dos gatos com a doença.

A miastenia gravis congênita é considerada rara, estando relacionada com a presença de um gene que leva ao desenvolvimento dos distúrbios. Os sinais clínicos iniciam-se por volta de seis a nove semanas de idade em filhotes de cães e gatos. Já foi relatada em cães das raças Springer Spaniel inglês, Fox Terrier de pelo liso e Jack Russell Terrier, com raros relatos em outras raças e poucos gatos.

A miastenia gravis adquirida é descrita como imunomediada (o próprio organismo ataca suas células saudáveis) acomete cães de todas raças e sexos. Descrita principalmente nas raças Pastor Alemão, Golden Retriever, Labrador Retriever, Akita, algumas raças de Terrier, Chihuahua, Schnauzer gigante, Pastores Australiano, Pointer Alemão de pelo curto e Dachshund, porém esta prevalência pode ser apenas pela popularidade destas raças. Em cães, acomete principalmente animais jovens (pico com três anos de vida) ou idosos (pico com 10 anos de idade). É rara em gatos, contudo é mais relatada em animais com mais de três anos de idade e as raças mais predispostas são Abissínio, Siamês e Somalis.

A forma adquirida em cães também parece ter associação com hipotireoidismo e certas neoplasias (tumores) malignas. Porém em grande parte dos casos, a miastenia gravis ocorre sem estar associada com neoplasias ou doenças sistêmicas.

Cães da raça Jack Russel Terrier são considerados de alto risco para miastenia gravis congênita, enquanto cães de grande porte parecem ter maior predisposição para miastenia gravis adquirida.

Entre 25 a 40% dos cães com megaesôfago na vida adulta sofrem de miastenia focal adquirida, de maneira que esta enfermidade deve ser considerada como diagnóstico diferencial na avaliação de cães com megaesôfago. Nesta afecção, o estado mental, as reações posturais e os reflexos dos membros estão normais. O megaesôfago parece ser bastante comum, podendo ser encontrado em aproximadamente 80% dos casos.

Dúvidas frequentes

Transmissão

- Miastenia gravis congênita pode ser hereditária


Manifestações clínicas


Diagnóstico


Tratamento


Prevenção


Referências Bibliográficas


Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso

Imagem de uma veterinária sorrindo enquanto cuida de um cachorro. Ao lado, há um texto com a pergunta 'Já pensou em dar um plano de saúde ao seu melhor amigo?' e um botão roxo com a frase 'EU QUERO'.