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Protusão do Disco Intervertebral

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PROTUSÃO DO DISCO INTERVERTEBRAL

Os cães possuem 30 vértebras formando sua coluna vertebral, sendo elas divididas de acordo com a região corporal: vértebras cervicais (pescoço), torácicas (tórax), lombares (abdômen) e sacrais (pelve). Existem ainda as vértebras coccígeas que formam a cauda. A anatomia das vértebras de cada região é diferente e a medula espinhal se estende desde o canal vertebral da primeira vértebra cervical até a sexta vértebra lombar, sendo a estrutura do sistema nervoso central responsável pelos reflexos que permitem a coordenação motora e funcionamento adequado da musculatura. As vértebras são conectadas entre si por ligamentos e pelos discos intervertebrais, que funcionam como “almofadas” e absorvem os impactos da região. Os discos possuem um anel fibroso externo, mais rígido, e um centro mais gelatinoso, o núcleo pulposo. 

Quando usamos o termo protrusão, quer dizer que essa estrutura sofreu um inchaço e alcançou o canal medular, comprimindo a medula e raízes nervosas. Essa compressão leva a danos motores e sensitivos com gravidade variável e dor. A extrusão do disco é outra forma de lesão, quando o anel fibroso se rasga e o núcleo pulposo adentra o canal medular. Chamadas de doenças do disco intervertebral, a protrusão e a extrusão são popularmente conhecidas como hérnia de disco e podem afetar a movimentação dos membros, o tônus muscular e o funcionamento de órgãos como a bexiga. Os membros afetados variam de acordo com o local onde ocorre a hérnia, por exemplo, lesões cervicais tendem a ter efeitos nos quatro membros, enquanto lesões torácicas e lombares atingem apenas os membros pélvicos. O local da lesão também determina o tônus da bexiga e dos esfíncteres, podendo o paciente apresentar retenção ou incontinência de urina e fezes.

Trata-se de uma afecção neurológica mais comum em cães, mas os gatos também são acometidos. Em cães predispostos, pela genética ou anatomia da coluna, o problema pode ocorrer em qualquer idade. A protrusão é mais comum no Labrador Retriever, Golden Retriever, Pastor Alemão, Dog Alemão e outras raças de porte maior, que possuem um processo mais lento de degeneração do disco intervertebral, com casos mais brandos e que tendem a aparecer a partir dos cinco anos de idade. A obesidade também é um fator de risco evidente nestes casos. Animais com a região dorsal mais longa têm uma anatomia que propicia a ocorrência de extrusão, como os Dachshund, Beagle, Basset Hound, Pequinês, Cocker Spaniel, Poodle e mestiços dessas raças. Nestes animais, a degeneração dos discos tem uma tendência de se iniciar logo no primeiro ano de idade. Porém, é preciso considerar que antes da extrusão (ruptura) do disco, primeiramente houve uma protrusão (inchaço) que evoluiu para um “rasgo” no anel fibroso e extravasamento de conteúdo para o canal medular. Ou seja, a protrusão é o início da lesão do disco e pode não gerar sinais neurológicos graves de início, mas em algumas raças tende a evoluir rapidamente para algo mais grave e agudo. Por isso, o diagnóstico precoce da degeneração e aumento de volume do disco intervertebral pode ser determinante para minimizar os danos em pacientes predispostos à extrusão. 

Nas raças predispostas, é comum encontrar degeneração ou protrusão em mais de um local, por isso o clínico deve ter o cuidado de avaliar criteriosamente qual disco com alteração está realmente causando as manifestações clínicas e necessita de tratamento mais emergencial.

Dúvidas frequentes

Transmissão

-Não se aplica


Manifestações clínicas


Diagnóstico


Tratamento


Prevenção


Referências Bibliográficas


Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso

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