Não é considerada emergencial
Afeta cães e gatos
É transmissível para humanos
É contagiosa
Pode exigir exames complementares
Castração não influencia
Tudo sobre:
A sarna notoédrica, também conhecida como escabiose felina, é uma zoonose que comumente afeta gatos, mas ocasionalmente, pode acometer cães, coelhos e humanos. O ácaro notoedres cati é o responsável pela infestação, apresenta formato globuloso e coloração avermelhada, possui peculiar característica de “cavar” túneis nas regiões mais profundas da pele ocasionando prurido intenso e destruição do tecido, o que resultará na maior parte dos sinais clínicos apresentados pelos animais acometidos. Apresenta rápida disseminação, sem predileção por raça, sexo ou idade.
A transmissão ocorre por contato direto com animal contaminado ou indireto por meio de objetos que já tiveram contato com o animal (ainda que o ciclo biológico do ácaro seja todo no hospedeiro, ele é capaz de sobreviver por alguns dias fora do mesmo).
As alterações nos animais acometidos ocorrem usualmente em orelhas e face, mas por vezes, pode se difundir para outros locais em felinos devido ao hábito de auto limpeza e postura para dormir.
O método diagnóstico mais frequente utilizado na clínica dermatológica é o raspado de pele (profundo), cujos resultados são bem confiáveis mediante a observação do parasita na lâmina disposta ao microscópio. Quando é possível observar os ácaros nota-se que eles são numerosos, pois ao efetuar a raspagem, ocasionalmente obtêm-se as galerias escavadas pelo parasita onde são depositados os ácaros. O raspado deve ser profundo visando conseguir alcançar as galerias e ter um resultado mais confiável, por isso é necessário gerar sangramento leve da região na raspagem. Também pode-se realizar exame de fezes, embora não seja frequente na rotina dermatológica, mas em alguns casos, ao avaliar as fezes, especialmente de felinos, é possível encontrar alguns ácaros que ocasionalmente tenham sido ingeridos durante a limpeza ou ao se coçar.
Deve-se recordar de que problemas dermatológicos geram sinais muito comuns, por isso, recomenda-se a realização, sempre que possível, de diagnóstico diferencial para patologias como sarna otodécica, queiletieliose, atopia, hipersensibilidade alimentar, pênfigo foleáceo e eritematoso e lúpus eritematoso sistêmico.
-Contato direto
-Contato indireto
-Fômites
Em seres humanos os sinais clínicos mais comuns são:
- Pápulas eritematosas nas áreas de contato
- Prurido intenso
- Vesículas
- Crostas
- Escoriações
Já nos animais é mais frequente a observação de:
- Alopecia
- Lesões eczematosas
-Crostas espessas, fortemente aderidas, usualmente de coloração amarelo acinzentada (especialmente em cabeça, orelhas e patas)
- Pele espessada e enrugada
- Prurido intenso
- Escoriações e automutilações devido ao prurido e arranhaduras
- Pápulas
Em casos crônicos ou intensamente parasitados os animais podem apresentar:
- Linfadenopatia
- Anorexia
- Perda de peso
- Depressão
- Emaciação
O histórico e os achados clínicos são fortes sugestivos da afecção
- Raspado de pele profundo
- Exame de fezes
- Hemograma
Observação: a requisição de exames complementares e as escolha de quais solicitar é de conduta exclusiva do(a) Médico (a) Veterinária (a).
O tratamento consiste em atuar em duas interfaces: o animal e o ambiente, sempre tendo o maior cuidado com o manejo, pois se trata de uma zoonose (transmitida para seres humanos) altamente contagiosa.
O ambiente, assim como os objetos que estiveram em contato com o animal doente devem ser limpos com acaridicas frequentemente, e a manutenção semanal deve ser feita se o ambiente for propício a novas infecções. Pode-se isolar os objetos utilizados no animal a fim de não disseminar a doença para os demais contactantes e sempre isolar o animal doente até o fim do tratamento.
No animal preconiza-se o uso de acaricidas que podem ser administrados por via tópica ou sistêmica (injetável ou oral) e, de acordo com o protocolo sugerido pelo(a) Médico(a) Veterinário (a), o tratamento pode durar em média de 4 a 6 semanas.
Sempre efetuar quarentena ao introduzir novos animais nos ambientes (especialmente felinos), atentar-se ao manejo dos animais com lesão: sempre utilizar luvas e impossibilitar o contato do local contaminado com o corpo. Sempre individualizar os itens de cada animal a fim de não gerar transmissão cruzada de um animal para outro por via indireta.
BRUM, Luciana Costa; CONCEIÇÃO, Lissandro Gonçalves; RIBEIRO, Vitor Marcio; JÚNIOR, Vidal Haddad. Principais Dermatoses Zoonóticas de Cães e Gatos. Clínica Veterinária, São Paulo, ano ., ed. 11, p. 29 -35, 15 ago. 2007.
LIMA, Gabriela Silva; ALVES, Rafael Massei; NEVES, Maria Francisca. Sarna notoédrica: Notoedres cati. Revista científica eletrônica de medicina veterinária, Garça/SP, ano ., ed. 12, 12 jan. 2009. Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/CIZQZvbruASlzuY_2013-6-21-12-23-20.pdf. Acesso em: 2 out. 2019.
MAZZOTTI, Giovana Adorni; ROZA, Marcello Rodrigues. Medicina felina essencial: Guia prático. 1. ed. Curitiba: Equalis, 2016
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