Colapso induzido por exercício
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O colapso induzido por exercício (EIC) é uma doença genética autossômica recessiva caracterizada por fraqueza muscular e colapso após a realização de exercício intenso.
Acomete a espécie canina, sendo o Labrador Retriever a raça com maior incidência. Porém, a doença já foi relatada em raças como Chesapeake, Bay Retriever e Curly-Coated Retriever, todas com alto grau de parentesco com com o Labrador. Além dessas, o problema também já foi identificado em exemplares de Boykin Spaniel, Pembroke, Welsh Corgi e mestiços de Labrador. Nos Estados Unidos, o EIC é a causa mais comum de intolerância ao exercício em cães jovens da raça Labrador e ocorre devido a uma mutação de um gene denominado “c.767G>T”, que codifica uma proteína chamada dinamina 1 (DMN 1). Essa mutação resulta em anormalidade da transmissão sináptica, afetando a função normal do sistema nervoso.
Os cães que apresentam a mutação do EIC não apresentam sintomatologia clínica quando estão em repouso, mas apresentam colapso após a realização de cinco a 20 minutos de exercício intenso, sendo que muitos deles podem vir a óbito. A sintomatologia clínica geralmente inicia-se antes dos quatro anos de idade e não há predileção sexual ou por coloração de pelagem.
A causa exata do desencadeamento de crises não é bem compreendida, mas acredita-se que temperaturas corporais altas atingidas durante o exercício intenso possam levar à disfunção da proteína mutante, resultando em falhas na transmissão sináptica, e consequentemente em crises de EIC. Apesar disso, sabe-se que o colapso pode ocorrer em temperaturas negativas. Estudos realizados em outros países demonstram que até 13,6% dos cães da raça Labrador apresentam a doença, e até 37% deles não possuem sintomas.
Como a transmissão é genética, cães que apresentem suspeita de EIC devem ser testados a partir de exames moleculares para evitar a sua reprodução e continuidade da doença.
- Hereditária
Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso