Não é considerada emergencial
Afeta somente cães
É transmissível para humanos
É contagiosa
Pode exigir exames complementares
Castração não influencia
Tudo sobre:
Também denominada de torulose ou blastomicose europeia. Trata-se de uma micose fúngica sistêmica causada pelo fungo Cryptococcus neoformans, o qual apresenta três variedades distintas: C. neoformans var. grubii, C. neoformans var. neoformans e C. neoformans var. gattii, sendo que a gatti e a neoformans são as encontradas em seres humanos e animais no Brasil. Não apresenta predisposição racial ou sexual.
É encontrada em forma de levedura em alimentos (frutas e vegetais), pedaços de madeira ou eucaliptos, solos ricos em excretas de aves (pombos e psitacídeos), bem como na mucosa oronasal e pele dos indivíduos.
As manifestações clínicas se dividem em quatro grandes grupos de acometimento: neurológico, respiratório, ocular e tegumentar. O estabelecimento e propagação da doença está diretamente relacionado a imunidade do hospedeiro, má nutrição, tratamento contínuo com corticoides ou doenças imunossupressoras. A transmissão pode ocorrer através da inalação de leveduras ou ainda, casos mais incomuns, pela inoculação cutânea direta.
Em seres humanos, a forma mais comum de apresentação é no sistema tegumentar em indivíduos imunossuprimidos, no entanto, pode haver o desenvolvimento das demais síndromes.
Os felinos usualmente desenvolvem a forma localizada da afecção, já os cães têm tendência a ter a forma generalizada.
Na rotina clínica, para o diagnóstico da afecção o exame de eleição é a citologia, que pode ser feita a partir de exsudatos ou por punção aspirativa por agulha fina (PAAF) do nódulo, que permite, quando observado o fungo na lâmina, o diagnóstico definitivo, mas não descarta caso nenhuma alteração seja constatada. As culturas fúngicas podem ser elaboradas a partir de exsudatos, líquor, urina, amostras teciduais, aspirados linfonodais e líquidos sinoviais. Tem-se ainda o histopatológico, um exame mais invasivo que requer a obtenção de uma amostra tecidual do nódulo para que a avaliação seja feita.
- Penetração ativa pela pele
- Aerossóis
Acometimento tegumentar tem como principais apresentações:
- Nódulos firmes, indolores, de crescimento rápido, ulcerativo ou drenando exsudato
Os principais sinais clínicos do sistema respiratório são (isolados ou em conjunto):
- Corrimento nasal (mucopurulento ou sanguinolento)
- Espirros,
- Dispneia
- Ronco
- Tosse
- Lesões oronasais granulomatosas e ulcerativas
- Massas proliferativas de tecido mole (“nariz de palhaço”)
Quando há comprometimento oftalmológico, pode-se ocorrer:
- Uveíte anterior
- Coriorretinite granulomatosa
- Hemorragia de retina
- Edema papilar
- Neurite óptica
- Midríase
- Fotofobia
- Blefaroespasmo
- Opacidade corneana
- Edema de íris
- Hifema
- Cegueira
A síndrome neurológica pode ser caracterizada por:
- Meningoencefalomielite
- Convulsão
- Vocalização
- Ataxia
- Andar em círculos
- Paresia ou paraplegia
- Anisocoria
- Cegueira
- Surdez
Concomitante aos quadros dos sistemas específicos, tem-se ainda os sinais sistêmicos:
- Claudicação (devido à osteomielite)
- Linfadenopatia generalizada
- Insuficiência renal
- Apatia
Associação de sinais clínicos, anamnese e exames laboratoriais.
Exames que o(a) médico(a) veterinário(a) pode solicitar:
- Hemograma*
- CItologia - Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF)
- Biópsia
- Histopatologia
- Cultura para fungo (utilizando urina, exsudato, aspirado de linfonodo, liquor, amostra tecidual)
*Os exames hematológicos e bioquímicos são inespecíficos e não podem ser utilizados para diagnosticar a afecção, mas são vitais para o acompanhamento terapêutico.
Observação: A realização e a definição de necessidade de exames complementares são decisões do(a) Médico(a) Veterinário(a).
Fundamenta-se no uso de antifúngicos, sendo necessário sempre respeitar as dosagem (visando menores efeitos hepatotóxicos e nefrotóxicos nas espécies em questão) e deve-se considerar a capacidade dos fármacos em penetrar a barreira hematoencefálica quando houver o comprometimento neurológico. O tempo mínimo de tratamento é de em média quatro meses, variando de acordo com o caso, podendo chegar até um ano de terapêutica.
Devido ao tratamento prolongado e potenciais efeitos colaterais das medicações, é sempre sugerido o acompanhamento mensal de função hepática e renal dos pacientes.
A limpeza ambiental é um pilar essencial em um bom tratamento, o uso de desinfetantes à base de hipoclorito de sódio 1%, fenólicos, glutaraldeídos e formaldeídos são os mais recomendados.
Gatos FIV e Felv positivos não devem possuir acesso à rua, ambientes arborizados ou com presença de pombos (ainda que ocasional).
As prefeituras devem ser acionadas em casos de superpopulação de aves, visando o controle populacional.
Não deve-se alimentar pombos e as fezes das aves devem ser umedecidas antes de limpas a fim de se evitar a inalação das leveduras.
É um agente muito resistente, podendo ficar viável no ambiente por até dois anos, portanto, o cuidado com os ambientes contaminados deve ser contínuo se o local possuir indivíduos conhecidamente portadores ou com características predispostas.
ALVES, Luciano Marra; PORTO, Hayla Kristine Paes. Criptococose. In: MAZZOTTI, Giovana Adorni; ROZA, Marcello Rodrigues. Medicina Felina Essencial: Guia prático. 1. ed. Curitiba: Equalis, 2016. p. 475 - 479.
SOUSA, Marlos Gonçalves. Doenças infecciosas: Criptococose. In: CRIVELLENTI, Leandro Z.; CRIVELLENTI, Sofia Borin. Casos de Rotina em Medicina veterinária de pequenos animais. 2. ed. São Paulo: MedVet, 2015. cap. 4, p. 156 - 157.
QUEIRÓZ, João Paulo Araújo Fernandes et al. Criptococose - Uma revisão Bibliográfica. Acta Veterinaria Brasilica, [s. l.], ano 2008, v. 2, ed. 2, p. 32 - 38, 17 dez. 2008.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL. Consenso em criptococose – 2008: Relatório Técnico. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, [S. l.], p. 524- 544, 1 set. 2008.
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