Hipercalcemia idiopática
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É um importante distúrbio do metabolismo de cálcio de origem desconhecida. Caracteriza-se pelo aumento da concentração no plasma de cálcio total e cálcio ionizado acima dos valores de referência. Tem sido cada vez mais diagnosticada em pacientes felinos. O cálcio é um dos íons fundamentais para o funcionamento do organismo. Ele atua na constituição óssea e no suporte do esqueleto, na contração muscular de músculos esqueléticos, cardíacos e lisos, atua na condução de impulsos nervosos e na cascata de coagulação.
Embora haja grande variação na faixa etária dos animais acometidos, pacientes de meia-idade, em torno de seis anos, têm sido normalmente relatados. Aparentemente não há predisposição sexual ou racial. No entanto, alguns estudos indicam que animais de pelos longos são mais acometidos.
O cálcio pode estar disponível no corpo de três formas: ligado a proteínas plasmáticas, conjugado a ânions como citratos e fosfatos e na forma de cálcio ionizado. Esta última é a fração mais significante, porque é a forma biologicamente ativa e sujeita a mecanismos regulatórios. Intestinos, rins e ossos são os principais órgãos reguladores da absorção e eliminação de cálcio do organismo, já o paratormônio, calcitonina e vitamina D são as principais substâncias responsáveis pelo seu equilíbrio.
Alguns fatores patofisiológicos, isolados ou não, podem contribuir para o desequilíbrio de cálcio, como o aumento da reabsorção óssea, aumento da absorção intestinal, mobilização de cálcio de tecidos mineralizados, aumento da reabsorção tubular renal, diminuição da filtração glomerular e aumento da ligação a proteínas ou ânions.
Gatos jovens podem apresentar valores de cálcio ionizado acima do intervalo de referência de forma fisiológica, ou seja, sem nenhuma alteração orgânica ou aparecimento de sinal clínico, devido provavelmente ao crescimento e desenvolvimento ósseo. Essa condição pode permanecer até os dois anos de idade.
Como não se sabe a causa da hipercalcemia idiopática, os pesquisadores trabalham com hipóteses de alterações genéticas que tornam os animais mais susceptíveis em ambientes provocativos, além disso buscam associações com o tipo de dieta, o funcionamento hormonal, mas ainda não há consenso.
-Não se aplica
Recomendamos levar o seu pet a um médico veterinário para um diagnóstico preciso