Síndrome Colangite e Colangio-hepatite
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A Síndrome Colangite e Colangio-hepatite, também denominada de complexo colangite-colangiohepatite, é caracterizada por inflamação dos ductos biliares e do parênquima hepático adjacente aos mesmos, sendo a segunda doença hepática mais comum em felinos, perdendo apenas para a lipidose hepática. Além disso, a inflamação do fígado pode ocorrer em conjunto com a inflamação pancreática e duodenal, sendo denominada “Tríade Felina”, que ocorre devido a uma particularidade anatômica observada em felinos, na qual o ducto pancreático se une ao ducto biliar comum antes da sua abertura no duodeno, o que predispõe à ocorrência de processos inflamatórios nesses três órgãos conjuntamente (duodeno, pâncreas e ductos biliares/ fígado).
Histologicamente, essa síndrome pode ser classificada como colangiohepatite supurativa, quadro agudo da doença; colangiohepatite não supurativa, fase crônica; e, por fim, cirrose biliar ou colangite esclerosante.
Pode acometer cães, porém, é muito mais comum em gatos. Pode ocorrer em animais de ambos os sexos e não há predileção racial.
A etiologia da síndrome colangiohepatite não é bem compreendida. Sabe-se que as doenças mais comumente associadas ao quadro são: doença inflamatória intestinal, colangite primária, pancreatite, obstrução do ducto biliar extra-hepático, colelitíase e neoplasias.
No caso da colangio-hepatite supurativa, considerada uma afecção rara, acredita-se que sua causa esteja associada a infecções oriundas do intestino ocasionada, por exemplo, por Escherichia coli e Clostridium spp. Animais acometidos por essa forma podem ter idade variável, sendo a média em torno de cinco a sete anos.
A colangite-colangiohepatite não supurativa pode ocorrer secundariamente à infecção bacteriana persistente ou devido à lesão iniciada por uma bactéria associada à resposta imunomediada. Há autores que dizem que a forma não supurativa é a consequência da forma supurativa com falha no tratamento. A idade média dos animais acometidos por essa forma crônica é de nove anos e o paciente pode ficar doente por um período de vários meses.
Já a cirrose biliar, também denominada colangite esclerosante, é considerada o estágio final da síndrome, sendo uma progressão da forma crônica.
-Não se aplica
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